Para utilizar o conhecimento da Astrologia aplicado na vida humana, utilizamos o Mapa Astral. Este, é composto por uma mandala que contém 12 divisões, chamadas Casas Astrológicas. Elas representam as áreas da vida que um ser humano possui durante a sua trajetória. É como se elas fossem o palco, a “arena” onde os personagens e suas características atuam (Planetas e Signos).
As Casas são definidas a partir do nosso Ascendente, por isso, é importante saber a hora do nascimento para que elas estejam posicionadas corretamente.
E você pode estar pensando: mas se são 12 Signos e 12 Casas Astrológicas, quer dizer que cada casa tem um respectivo signo? Sim! Salvo algumas exceções, todos nós possuímos TODOS os signos atuando em nosso Mapa Astral. É por isso que muitas vezes agimos de um jeito em uma área da vida e de outra forma em outras situações.
Abaixo, trago um resumo do que representa cada Casa Astrológica. Conhecendo um pouco sobre cada uma delas, você pode compreender melhor que área da sua vida está sendo ativada, ou seja, está gerando aprendizados para você em determinados acontecimentos astrológicos. Exemplo: Eclipses, Planetas Retrógrados, etc.
Se você lê em um texto sobre Mercúrio Retrógrado e que ele irá atuar na Casa Astrológica onde você tem determinado Signo, você pode conferir abaixo qual área da sua vida estará em evidência e que reflexões e aprendizados você deve fazer. Assim, o que trago abaixo é para ser utilizado no seu autoconhecimento mais pontual.
Observação importante: para uma compreensão mais completa e aprofundada de como as Casas, Signos e Planetas atuam na sua vida, recomendo que você busque fazer o seu Mapa Astral com um Astrólogo (e não com um programa gratuito de computador, que não representa nem 1/100 do que realmente é a Astrologia).
A casa 1 é definida a partir do Ascendente. Ela representa a nossa personalidade, como agimos, como as pessoas nos enxergam, como são nossos traços físicos (aparência), nossa maneira de agir. O que precisamos desenvolver para firmar quem deveremos ser na vida. É o veículo que dispomos para trilhar a viagem da vida.
Aspectos Astrológicos nessa casa irão influenciar energeticamente para que lapidemos a nossa personalidade, para que possamos prestar mais a atenção em como estamos nos enxergando e concebendo a nós mesmos. É um momento em que autoconhecimento será testado, por isso, é momento de olhar para si.
Esta casa fala sobre como lidamos com aquilo que tem valor para nós e como nós lidamos com dinheiro e bens materiais. Como são os nossos valores: se damos importância somente a valores materiais ou se cultivamos a valorização de outras coisas na vida, como os valores essenciais. Também, indica como lidamos com as nossas finanças e como é a nossa relação com os bens materiais. Ela mostra o que agrega valor ao nosso trabalho, apontando potenciais áreas profissionais que podemos investir.
Aspectos Astrológicos nessa casa irão influenciar energeticamente para nos fazer refletir como estamos nos valorizando em relação ao trabalho. Se estamos lidando de forma equilibrada com as posses e se temos prestado a atenção em nossos dons e talentos para que agreguem valor ao que produzimos. Crises financeiras e danos materiais poderão acontecer.
A casa 3 abrange nossa relação com o entorno. Ela indica como funciona nosso sistema de aprendizado, como lidamos com o estudo e como funciona a nossa mente e a nossa expressão. Ela é a casa da comunicação, das trocas, das relações cotidianas que temos. Por isso, esta casa também traz as relações com irmãos e parentes próximos e também sobre deslocamentos curtos que fazemos, como as pequenas viagens.
Aspectos Astrológicos nessa casa irão influenciar energeticamente para nos impulsionar em nosso sistema de aprendizado e o que estamos fazendo com ele. Se estamos compartilhando o nosso conhecimento, se estamos nos fazendo entender ou se estamos muito fechados em nossa própria mente. Também, evidenciará se caso houver problemas e resgates com pessoas próximas (irmãos e parentes).
A casa 4 compreende toda a bagagem que temos, como está firmada nossa base emocional a partir da herança impressa em nós de nossa família e nossa relação com ela. Algumas teorias dizem que ela mostra como é a nossa relação com a Mãe, já outras abordam como sendo a nossa relação com o Pai. Vai depender de cada pessoa.
Aspectos Astrológicos nessa casa irão nos convidar a refletirmos como estamos cuidando de nossa base emocional. Se estamos repetindo bloqueios e crenças que herdamos de nossa ancestralidade e também se essas emoções estão nos impedindo de crescer e “ir para o mundo”. É um momento de se cuidar, mergulhar em si e buscar equilíbrio das emoções. Também, momento de resgates com a família e membros dela.
Essa casa nos traz sobre a nossa capacidade de criar e gerar vida e tudo que precisamos para isso. Assim, primeiramente, ela mostra como lidamos com o que nos é prazeroso, como hobbies, atividades de lazer e esportes. Também, como lidamos com o amor e tudo aquilo que toca o nosso coração e que nos impulsiona a brilhar e expressar todo o nosso potencial. A importância de gerar vida a partir do que podemos contribuir (nossa marca pessoal), seja em forma de projetos, seja em forma de filhos.
Aspectos Astrológicos nessa casa irão nos cobrar como estamos lapidando a nossa personalidade para encontrarmos a nossa marca, o nosso brilho pessoal. Se estamos tendo amor pela vida, buscando cultivar a nossa criança interior. E o que estamos gerando de vida a partir da nossa própria – se estamos desenvolvendo a nossa criatividade ou se estamos nos bloqueando e nos comparando demais aos outros. Também, poderão surgir desafios com os filhos.
A casa 6 fala de como nós lidamos com o cotidiano, do que precisamos fazer enquanto seres humanos. Assim, ela traz a nossa relação com o trabalho, com a nossa produtividade e como servimos à sociedade. Também, aspectos de saúde, como possíveis doenças e como nosso organismo funciona. Mostra como seria nosso ritmo de vida ideal e como devemos lidar com a nossa própria rotina.
Aspectos Astrológicos nessa casa irão influenciar energeticamente para pararmos e refletirmos se estamos aproveitando nossa produtividade e nossa saúde ou se estamos desperdiçando. Convidarão a refletirmos se estamos contribuindo no trabalho e se estamos cuidando da nossa saúde. Problemas no trabalho e de saúde poderão ocorrer.
A casa do Descendente é como nos relacionamos com os outros. Principalmente, nosso relacionamento conjugal e também com sócios e parceiros profissionais. Em suma, a casa 7 mostra como lidamos com uma lei universal chamada Lei do Espelho: tudo que enxergamos nos outros e que nos agradam ou nos desagradam, contribuindo de maneira implícita em nosso autoconhecimento.
Aspectos Astrológicos nessa casa irão influenciar energeticamente em nossos aprendizados com as outras pessoas. Se estamos vivendo à sombra dos outros ou se estamos tentando impor demais as nossas próprias vontades. A maior reflexão a se fazer é se a balança entre o “Eu” e o “Outro” em nossa vida está equilibrada. Assim, crises em relacionamentos poderão acontecer.
A casa 8 é o palco onde as transformações mais profundas são a personagem principal. Uma casa misteriosa, afinal, ela tem relação com a morte. É como lidamos com as partes mais intensas do que temos dentro de nós, como a nossa Sombra. Assim, ela compreende assuntos como morte, regeneração, perdas, desapegos, mistérios ocultos, misticismo e sexo. Também, como lidamos com a intimidade e com o dinheiro que recebemos dos outros (exemplo: heranças, processos, etc).
Aspectos Astrológicos nessa casa poderão causar dores na alma, turbulências internas e externas, perdas, questionamentos sobre a finitude e sobre o mistério da vida, tudo para nos proporcionar algum tipo de transformação. Se estamos conseguindo lidar com medos, bloqueios e se estamos conseguindo nos entregar ao movimento da vida, vivendo as mudanças necessárias. Algo terá que morrer para renascer, por isso, favorece as curas.
A casa 9 compreende a mente superior. Aquilo que vai além do conhecimento técnico, representando o conhecimento filosófico: como nossa mente busca compreender o que está além da vida que enxergamos, nossas mais altas aspirações (ou a falta delas). É a casa da expansão das fronteiras mentais ou geográficas: estudos superiores (acadêmicos ou filosóficos e espirituais) e grandes viagens. Nosso interesse com o estrangeiro, seja através das línguas ou das culturas.
Aspectos Astrológicos nessa casa nos convida a refletir como estamos buscando nos desafiarmos. Se estamos acomodados ou se estamos buscando alçar novos vôos. Buscar um conhecimento que nos faça crescer ou sair da zona de conforto através de uma viagem que nos leve a lugares desconhecidos. Acima de tudo, nossa fé será testada e se estamos respeitando as crenças próprias e as alheias.
É o ponto mais alto do Mapa Astral, assim, a casa 10 nos fala sobre como nos projetamos na sociedade. Por isso, ela se relaciona com a nossa vocação, o que almejamos alcançar em termos de carreira. Características que dispomos para escalar a montanha da vida, por isso ela também fala de nosso Propósito de vida. Sendo o oposto da casa 4, conforme determinadas teorias, ela se relaciona ou com o Pai ou com a Mãe.
Aspectos Astrológicos nessa casa nos convidam diretamente a refletirmos sobre como estamos cuidando de nossa carreira profissional. Se estamos acomodados ou se estamos fazendo a diferença, utilizando todas as ferramentas que temos para “ser alguém”, em essência, na vida. Se estamos conectados com o nosso Propósito ou se estamos no “piloto automático”. Testes e crises profissionais poderão surgir para nos direcionar ao caminho certo.
As duas últimas casas falam, essencialmente, sobre tudo que engloba além do Ego. Assim, a casa 11 compreende o que estamos dispostos a fazer para além do nosso “próprio umbigo”. Como nos relacionamos com nossos amigos e também se buscamos nos associar com pessoas que possuem ideais como os nossos. Como estamos exercendo nossa fraternidade e nossa capacidade de contribuir para um mundo melhor, ou seja, nosso espírito humanitário.
Aspectos Astrológicos nessa casa vão nos testar frente ao nosso espírito de doação. Nossa consciência poderá pesar, e nos questionaremos sobre nossas ações fraternas e significativas. Também, se estamos sendo verdadeiros com nossos amigos, podendo surgir testes a partir deles.
A casa 12, sendo a última, sua relação vai além do físico e da matéria. É a morada da Alma. Por isso, relaciona-se com tudo que a razão não compreende, como o espírito e o inconsciente. Ela pode nos proporcionar os sentimentos mais elevados, como a compaixão, assim como também os fantasmas mais sombrios (a loucura). É a casa da contemplação, da introspecção necessária para o pensar na vida. Por isso, é a casa do Karma, em como estamos buscando avaliar a nossa vida.
Aspectos Astrológicos nessa casa nos levarão a entrar em contato com o que temos em nossas profundezas da Alma. Ali, poderemos encontrar o que temos em nosso inconsciente, que pode ser assustador e doloroso, mas altamente libertador. Seremos questionados sobre nossas atividades espirituais e contemplativas. Por isso, poderão surgir doenças que nos “forçarão” a fazer esse isolamento necessário, se caso não o buscamos de forma voluntária. É momento de buscar curas espirituais.
Quando aspectos astrológicos acontecem em um signo, normalmente ele influencia o seu eixo oposto, ou seja, o signo oposto complementar e a casa onde ele se encontra respectivamente. As casas e os signos estão distribuídos por eixos determinados, conforme abaixo:
Casa 1 x Casa 7
Casa 2 x Casa 8
Casa 3 x Casa 9
Casa 4 x Casa 10
Casa 5 x Casa 11
Casa 6 x Casa 12
…vice-versa…
Áries x Libra
Touro x Escorpião
Gêmeos x Sagitário
Câncer x Capricórnio
Leão x Aquário
Virgem x Peixes
… vice-versa…