Já ouvimos frases como “você é o que você come”, “você é o que você pensa” e por aí vai. E nenhuma está errada. Porém eu ainda incluiria:
“você é o que você vibra”.
Hoje falaremos de energia, mas de uma forma mais profunda e espero que possa fazer você pensar um pouco mais além.
O Universo é regido por leis e, dentre elas, temos a lei da energia e a lei da atração. Tudo no universo vibra o tempo todo e o nosso funcionamento como Ser se inclui aí. Um pensamento dispara uma emoção e um sentimento. Pensamentos têm energia, logo emoções e sentimentos também. E a soma dessas energias vai definindo a nossa energia pessoal, definindo a nossa vida, pois estaremos atraindo situações, aprendizados e pessoas conforme a
energia que estamos vibrando. Tudo é um reflexo energético daquilo que e em que estamos vibrando.
Essa questão não é segredo para muitas pessoas, porém, como temos o hábito de sempre analisar e entender a realidade de maneira superficial, temos pensado em energia também desta forma.
A energia que geramos não está só relacionada aos atos e condutas que levamos em nossa vida. Energia vai mais além… energia está intimamente vinculada à intenção de nossos pensamentos e sentimentos. Por isso eu pergunto:
como está a energia do seu coração?
Como exemplo do que quero dizer, cito a seguinte situação: uma pessoa aprende que fazer caridade é muito bom, que gera uma energia do bem e de prosperidade em sua vida. Essa pessoa passa a dedicar um dia na sua semana para ir em um local, como um asilo, por exemplo, para fazer caridade. É uma pessoa muito amável com os vovôs, todos gostam dela. Mas essa pessoa, durante sua atividade de caridade, está julgando como os outros estão agindo, está criticando a roupa que a fulana está vestindo, está condenando o modo como o beltrano está falando, etc. A energia do seu interior está “aniquilando” a energia dos atos do bem que essa pessoa está tentando fazer. Entende?
Outro exemplo: uma pessoa aprende que, quanto mais amor ela der, mais atenção ela conceder às pessoas ao seu redor, mais vai criar uma energia de retorno de relações mais amorosas e atenciosas. Mas percebe que não é essa a realidade que tem. Na verdade, essa pessoa dá amor e atenção já esperando algo em troca, esperando que os atos dos outros supram a sua carência, portanto, essa é a energia que está realmente definindo a sua realidade. A de carência, e não de generosidade. Pois muito mais do que pensar e analisar os atos, é preciso ir além e compreender qual a energia que está por trás do que se está fazendo. Ou seja, a energia da intenção.
Contudo, não é fácil essa percepção e somente a busca do autoconhecimento, o exercício de
olhar mais para si, de olhar mais para o nosso interior, proporciona essa percepção mais clara de qual a energia que realmente está definindo a vida que estamos recebendo em troca. É preciso coragem e atitude para sempre ir mais além, sem medo de descobrir onde está o foco de nossas intenções e pensamentos. Como já disse Buda: a vida é um eco, se não está gostando do que está recebendo, perceba o que está emitindo. E a energia do nosso coração está absolutamente ligada a isso e que funciona como uma anteninha, definindo a sintonização da nossa vibração, da nossa realidade.
É preciso reservar um tempo no meio do nosso dia corrido e nos questionarmos: o que de fato quero com esse ato? Qual a minha intenção em fazer tal coisa? Por que estou pensando dessa maneira? O que verdadeiramente eu quero?
É por isso que muitas pessoas reclamam que estão sempre ajudando os outros, mas nunca recebem ajuda em troca. Se você se identifica com essa situação, pare um pouquinho e pense: por que você realmente ajuda os outros? É uma ajuda com “segundas intenções”, ou é uma ajuda altruísta, genuína, de simplesmente querer ajudar o próximo?
E quando a energia do amor vira uma energia de ódio, será que está valendo? Vemos pessoas ligando-se a causas do bem, para defender grupos de pessoas ou seres (animais, por exemplo) em condições indefesas, por possuírem um amor e crença a essas causas. Mas são pessoas que, ao mínimo sinal de pensamento divergente daquilo que acreditam, disparam reações de ódio e repúdio aos outros. Qual, de fato, é a energia que circunda nessa situação? Se o nosso amor por algo nos faz ter ódio ao que é divergente aos nossos ideais, precisamos olhar mais para dentro e repensar nossas reais intenções.
Portanto, para ajudar nessa reflexão importante, cito abaixo alguns hábitos que podem atrapalhar a energia que estamos querendo cultivar para a nossa vida:
Intolerância
Mesmo que estejamos aprendendo, evoluindo, conhecendo teorias que nos ajudam a melhorar, se junto a isso não cultivamos a humildade, de nada adianta. A evolução deve nos ajudar a nos tornarmos mais humanos, ou seja, a compreender e aceitar quem pensa diferente e/ou está em um estágio diferente do nosso. Intolerância pode gerar ódio e, evidentemente, essa é a pior energia que pode ser gerada.
Julgamento
Ah esse é um dodói da energia! Como julgamos, o tempo todo! Se nossos atos e palavras amorosos, do bem, vêm junto a pensamentos e intenções de julgamentos, estamos aniquilando a lei da atração da nossa vida. Julgamos quando não nos conhecemos, portanto, enquanto estou julgando, estou só olhando para fora. Enquanto olho para fora, não cuido da energia que estou emitindo, fazendo com que eu acredite ser “vítima” do que estou passando. Enquanto eu julgo, não presto a atenção na minha própria evolução, causando uma estagnação no meu processo. Enquanto eu julgo, olho para fora e não presto a atenção na energia que estou emitindo, “forçando” o universo a me enviar de volta situações que mais tarde me causarão sofrimento.
Crítica
Somente conhecendo a nossa verdade, conhecendo a nós mesmos e entendendo as nossas dificuldades e falhas, que passamos a compreender as pessoas ao nosso redor. Portanto, a crítica demonstra uma total ignorância sobre o processo de evolução de cada um. Se eu critico como o outro é e faz, é por que eu julgo ser e pensar melhor. Portanto, a energia da crítica gera arrogância e, se isso não me impulsiona a agir e fazer diferente, então é uma energia que estaciona e puxa para baixo, funcionando como uma âncora de evolução. A crítica é uma grande armadilha em que caímos quando começamos a evoluir e ter conhecimento. Muito cuidado nessa hora!
Cobrança
Cada um deve saber de si e cobrar do outro é inútil. Cobramos das pessoas o tempo todo e nos frustramos porque o outro não faz o que julgamos ser melhor. Como a história do apontar o dedo: enquanto aponto um dedo, há outros três apontando para mim. É só se colocar no lugar do outro e ver o quanto isso é maléfico. Devemos trocar a energia da cobrança para a energia da inspiração, ou seja, ensinar e inspirar pelo nosso próprio exemplo. Aí sim a coisa muda, para muito melhor!
Cuidado com as armadilhas da energia. O que nos mantêm vigilantes é a sempre oportuna e atemporal frase de nosso grande Mestre Jesus:
“orai e vigiai!”
O assunto sobre energia é inesgotável. Espero ter contribuído um pouco para que possamos criar energias mais conscientes em nossas vidas e transformá-las significativamente, atraindo o bem, a abundância e a plenitude.
Por isso, novamente eu pergunto: como está a energia do seu coração?